Se no jogo da 1ª volta entre os mesmos protagonistas tinha ficado um gostinho amargo a injustiça, com a vitória do Monte Trigo por 4-0, o encontro de ontem veio provar isso mesmo. O líder isolado do campeonato deslocou-se ao Municipal de Estremoz com o objectivo de vencer os da casa e até confiantes que iriam golear novamente, mas o mister Mourão conhecedor da estratégia adversária conseguiu anular os pontos fortes e explorar as fraquezas do Monte Trigo.
Com temperaturas muito baixas, as três equipas conseguiram proporcionar um bom espectáculo de futebol ao muito público que compareceu no Estádio Municipal José Gomes Palmeiro da Costa. O Monte Trigo entrou melhor e com rápidas transposições pelas alas criaram alguns momentos de relativo perigo junto da baliza defendida por Xuma. A equipa do CFE depois da leitura inicial do adversário, assentou o jogo e aos poucos foi perdendo o "respeito" pelo líder do campeonato e depois de acertar nas marcações e fechar as alas, de onde provinha quase todo o perigo, subiu no terreno e criou também algum relativo perigo na área adversária. Até final da primeira parte o Monte Trigo somente através de lances de bola parada é que criaram perigo, aproveitando a estatura bastante alta de alguns dos seus jogadores.
No regresso para a 2ª parte, o CFE teve nos primeiros 20 minutos o seu melhor período em todo o encontro, onde encostou o Monte Trigo no seu meio campo, e dispôs de duas grandes oportunidades para marcar, a primeira desperdiçada por Fábio Silva que na cara do guarda redes remata fraco e a outra por Jójó que descaído para a esquerda remata sem oposição, mas faz a bola passar por cima da baliza. Refeitos do susto o Monte Trigo tentou responder, mas do outro lado encontrou uma equipa muito concentrada e a cumprir 100% tacticamente. Sempre a tentarem servir o melhor marcador da prova, Marmeleira desta vez a ficar em branco e a ser literalmente "secado" pelo central encarnado, Ferro, que assim como toda a defesa estiveram quase intransponíveis. Nota também bastante positiva para o meio campo encarnado que conseguiu bloquear as rápidas subidas dos laterais adversários e assim anular 70% do perigo que poderia provir para a sua baliza.
O empate é um resultado que se aceita, por tudo aquilo que as duas equipas fizeram em campo, contudo se o CFE tivesse tido um pouco da sorte que o adversário teve no encontro da 1ª volta, a vitória até poderia ter sorrido para os da casa.
NOTA POSITIVA: Para o rigor táctico, luta e entrega ao jogo da equipa do CFE; para o central (capitão) os dois alas e médio centro do Monte Trigo que sem dúvida fazem a diferença; para o trio de arbitragem que tiveram uma tarde bastante positiva.